Volume 2

Capítulo 0067: O mercenário e a donzela

Atualizado em: 21 de janeiro de 2024 as 20:40

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Siegfried se reclinou para trás e descansou as costas em uma das árvores que haviam no pátio de treinamento, sentindo a brisa da primavera em seu rosto.

Sem a armadura, o dia estava fresco e agradável, com cheiro de grama, lama… E sangue seco.

Tão logo o duelo terminou, todos voltaram aos seus afazeres, mas ainda podia ver uma ou outra pessoa passando por ali e lançando-lhe olhares curiosos; a morte do vice-capitão foi varrida para debaixo do tapete bem depressa, provavelmente para abafar o escândalo durante a estadia da baronesa Kessel.

Mas era impossível evitar a forma como os outros o olhavam.

“O cão louco do conde”, era como o chamavam quando pensavam que não estava escutando.

Desde então, todos começaram a evitá-lo. Guardas se limitavam a cumprir suas ordens, servas mantinham a cabeça baixa e a condessa proibiu as crianças de treinarem com ele. Até mesmo Elly parecia distante.

Todos, menos uma…

Algumas servas passaram cochichando por eles, mas Siegfried não lhes deu atenção, preferindo observar enquanto Dara apertava as ataduras em volta das suas mãos trêmulas e em carne viva — o resultado da sua brilhante ideia de trocar socos com o conde, usando manoplas de metal.

A tontura passou assim que comeu um pouco de carne seca e a maior parte da dor foi embora com algumas gotas do elixir mágico do sacerdote, mas ela insistia em cuidar dele pessoalmente.

— O que foi? — perguntou Dara, com um semblante sério que o rapaz estava pouco acostumado a ver.

— Cê tá irritada…

— Ah! Então você sabe como eu me sinto. Bom saber que faz isso de propósito. — Ela abaixou a cabeça e sussurrou: — Devia ter se rendido…

— Hã?

— Devia ter se rendido! — ela repetiu, desta vez mais alto e olhando em seus olhos. — Era só um duelo, mas olha só pra você agora! Nem toda luta tem que ser ‘até a morte’, sabia!? Por que você é tão idiota!? E se fosse uma batalha de verdade!?

— Peraí! É por isso que cê tá irritada?

— É claro!

Siegfried sentiu sua mão arder quando ela apertou um pouco demais as ataduras. Não mais que um pequeno incômodo, mas o bastante para deixá-la arrependida pelo seu breve acesso de raiva:

— D-desculpa, eu não quis…

— Dara.

— Tá doendo? E-eu…

— Dara!

— Hum?

— Eu não vou morrer.

Ela hesitou por um momento, como se não fosse exatamente o que esperava ouvir, então abaixou a cabeça e sussurrou, ainda meio irritada:

— Aposto que é o que todos os rapazes dizem pras namoradas, antes de ir pra guerra…

Ele sorriu, mas antes que pudesse dizer algo para confortá-la, a condessa apareceu tão furtiva como um gato e transbordando ódio:

— Dara!

A garota tomou um susto quando ouviu seu nome e se virou depressa, soltando a mão de Siegfried:

— T-tia…!?

— Vamos!

— A-a gente só tava…

— Agora!

A garota obedeceu, embora não sem alguma dificuldade; suas pernas estavam trêmulas e ela manteve a cabeça baixa o tempo inteiro, tentando esconder o rosto corado.

Então as duas foram embora depressa.

Não que tenha sido alguma surpresa, mas depois disso a lady Gaelor passou a prestar mais atenção em sua sobrinha.

Siegfried mal a viu fora das refeições, quando era mantida o mais distante possível dele; onde quer que fosse, Dara agora tinha sempre duas servas lhe fazendo companhia. Naquela noite, dormiram as três juntas, para evitar que ela se esgueirasse para debaixo dos lençóis dele… O que funcionou muito bem.

Foi a primeira vez em muito tempo que os dois não dormiram juntos e o rapaz sentiu mais falta dela do que esperava.

A baronesa Kessel partiu dois dias depois, logo após um desjejum farto.

Como havia sido acordado desde o início, Emelia foi com sua sogra para a Cidade Pequena.

As despedidas duraram quase uma hora, mas as únicas que choraram foram Dara e a condessa, embora Emelia também parecesse estar perto de desabar em lágrimas a qualquer momento; o que não aconteceu.

“Uma dama não chora.”

De qualquer forma, Siegfried não era próximo o bastante de ninguém ali para participar, por isso se ateve aos preparativos para sua partida na manhã seguinte.

Poliu sua armadura, limpou as patas e trocou as ferraduras do seu cavalo, afiou sua espada e até rezou um pouco para Borwin, pedindo por força e prometendo ser corajoso nas batalhas que viriam.

Terminou quando a janta chegou; um verdadeiro banquete em homenagem ao conde. Os homens comeram até encher, beberam até cair e fizeram tanto barulho que devem ter acordado o vilarejo inteiro, mas Siegfried não estava no clima de festejar, por isso foi se deitar mais cedo.

Já estava dormindo quando sentiu Dara se enfiar debaixo dos seus lençóis no meio da madrugada. A essa altura, a festa já tinha terminado e, exceto pelos guardas lá fora, todos dormiam, por isso ela não deve ter tido a menor dificuldade de fugir das servas que a condessa lhe deu.

O rapaz abriu espaço e a abraçou quando ela se deitou com a cabeça apoiada em seu peito, como sempre fazia.

Por um momento, nada aconteceu e eles apenas ficaram ali, deitados em silêncio e esperando que o sono viesse, até que Siegfried a sentiu se mexer, buscando apoio para se levantar e, no instante seguinte, algo tocou seus lábios.

Ele abriu os olhos de imediato e lá estava ela; o rosto corado a apenas alguns centímetros do seu.

Mas não podia ser verdade…

— Dara–

Antes que tivesse tempo de terminar a frase, ela enfiou a língua dentro da sua boca e o empurrou para baixo, o obrigando a se deitar novamente.

Era mais forte que ela, podia afastá-la quase sem esforço e sabia disso. Ao invés disso, a beijou de volta e lá estavam, provando os lábios, a boca e a língua um do outro. Tinha gosto de vinho, mas era melhor do que qualquer coisa que já tivesse experimentado.

“Não devíamos estar fazendo isso”, lembrou, embora o motivo tenha se perdido em algum lugar durante seu breve momento de lucidez.

Então ela se afastou, sem fôlego, e os dois ficaram ali, olhando um para o outro sem saber exatamente o que fazer.

Devia dizer algo? O que ela esperava que fizesse? Até onde podia ir? A sua mente deu um branco e o seu coração disparou.

Dara parecia tão assustada quanto ele, mas isso não a impediu de passar uma perna em volta do seu quadril, fazendo os lençóis deslizarem para o chão quando ela montou em cima dele.

Deuses.

Ela era perfeita.

Siegfried deslizou as mãos por baixo do vestido de chemise dela e a encontrou completamente nua lá embaixo; notar isso foi o bastante para deixá-lo duro na mesma hora.

Ele apalpou suas coxas finas e, assim que fez isso, Dara deixou escapar um gemido abafado e suas pernas tremeram.

Assustada, ela tampou a boca com ambas as mãos e seus quadris começaram a se mexer. No começo, o rapaz pensou que fosse apenas um espasmo, e talvez fosse, mas não parou.

Primeiro foi tímida; um empurrão pra frente e de volta pra trás, bem devagar. Então acabou a vergonha e ela passou a mover os quadris com mais vigor. Mais rápido. Mais violenta. Pra frente e pra trás. Pra frente e pra trás. Sem parar.

Até que veio.

De repente Dara abafou um grito com as mãos e Siegfried sentiu sua virilha ficar quente e pegajosa quando ela gozou.

Durou apenas alguns instantes.

Ela ficou lá, montada nele, com os quadris meio tremendo, meio empurrando, até que a última gota saísse e então caiu de bruços em cima dele, cansada e respirando pela boca. Siegfried a abraçou e ela esguichou um pouco mais.

Antes que desse por si, ele já tinha rolado e agora estava por cima dela. O coração batendo tão rápido que quase escapava do peito.

“Não!”, disse uma voz em sua cabeça.

Dara estava deitada no chão, ofegante, indefesa, com o rosto vermelho e molhado de suor. Olhando de volta para ele como se esperasse por algo, mas pela primeira vez, Siegfried não pensou nela e sim no que queria.

E queria ela.

Tirou a camisa, desamarrou o cinto e então foi a vez de Dara; deslizou o vestido dela pela cabeça e jogou junto das suas roupas.

Era magra, com seios pequenos e cintura fina, mas ficava difícil de ver mais que isso com ela cobrindo o peito e fechando as pernas, por isso tocou de leve em seus joelhos; a garota hesitou por um breve momento, então abriu, revelando um pouco de cabelo loiro ralo lá embaixo.

“Não!”, insistiu a voz. O rapaz não lhe deu ouvidos.

Estava duro como uma pedra, mas precisou usar a mão para guiar o pênis. Dara deixou escapar um gemido abafado quando a cabeça do seu pau a tocou e ele tateou em busca da entrada. Uma gota se formou na ponta e então ele entrou.

Primeiro foi um pouco difícil, apertada, mas bastou forçar e a cabeça entrou. Estava tão molhada que deslizou para dentro dela facilmente depois disso, até o fundo. Até o útero. Foi quando parou.

Ela tremeu, se contorceu tentando achar a posição certa e agarrou os ombros dele. Tinha os olhos molhados e a respiração pesada, mas não deixou escapar nenhum som. Se limitou a olhar em seus olhos, aguardando.

Siegfried recuou o quadril, até que metade do seu pênis estivesse fora, então empurrou de volta e ela mordeu os lábios para abafar um gritinho. Não achava que era possível, mas isso o deixou mais duro ainda. Então repetiu o movimento. De novo e de novo.

Com cada empurrão, Dara deixava escapar um gemido e ele ficava mais duro, até que seu pênis parecia a ponto de explodir.

Mas não importava quantas vezes batesse no útero dela, ainda não parecia fundo o bastante. Então usou mais força. Foi mais rápido. Cada batida mais fácil que a anterior. Até que desaparecesse dentro dela.

Ela o abraçou, enterrou as unhas em suas costas e sua vagina o apertou como se tentasse esmagá-lo. Foi a coisa mais gostosa que já tinha sentido. Nada se comparava àquilo.

Então gozou.

Tão fundo quanto era capaz de ir. Sentindo ela sugar sua alma para dentro dela, até a última gota.

“Não devia ter feito isso.”

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