Livro 1

Capítulo 20 - Viram o sol nascer

Atualizado em: 14 de maio de 2024 as 16:47

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O príncipe e o cavaleiro sentiam uma tensão crescente no ar. As paredes da torre pareciam pulsar com energia maligna, e o som de risos sinistros ecoava vindo de todos os lados. Sabiam que a batalha que se aproximava seria a mais desafiadora de suas vidas, mas estavam determinados a triunfar.

A luz da espada divina que o cavaleiro levava brilhava intensamente, como se respondesse ao chamado de seu portador. Era uma lembrança constante de sua missão e da esperança que traziam para seu reino. Estavam determinados a avançar a passos firmes em direção ao confronto final, conscientes de que a vitória era a única opção.

Malakar, o Rei Demônio, envolto em trevas e poder decidiu que não iria aguardar seus oponentes chegarem até ele. Sentia-se muito seguro com todo o poder que adquirira nos últimos 14 anos. Afastou seus monstros e demônios do caminho e seguiu otimista em direção à batalha.

Malakar era a personificação do mal que assolava a terra, mas os seus dois oponentes estavam determinados a restaurar a paz e a justiça. Com coragem no coração e a magia dos deuses em suas mãos, enfrentarão o desafio final, prontos para escrever o último capítulo desta épica aventura.

A cada momento que passava, a tensão na torre branca crescia, e os rugidos dos monstros eram insistentes e cada vês mais aterradores, fazendo o ambiente tremer. O cavaleiro e o príncipe trocaram olhares determinados, sabendo que estavam enfrentando um desafio épico que testaria sua coragem até o limite.

A espada do cavaleiro brilhava com a luz da esperança, lembrando-os de sua missão crucial. Cada passo que dessem adiante os aproximaria do confronto final com o Rei Demônio, cujo olhar maléfico parecia penetrar em suas almas. Unidos pela determinação e pelo desejo de libertar o reino da escuridão, avançaram finalmente, prontos para desafiar as forças do mal e escrever o destino de sua terra com suas próprias mãos.

O cavaleiro fixou seu olhar no príncipe com determinação e declarou:

– Eu enfrentarei o Rei Demônio sozinho.

O príncipe, com um gesto de profundo amor, abraçou o cavaleiro e respondeu com determinação:

– Não, meu amado. Iremos juntos. Nossa coragem será dobrada quando unirmos nossas forças para derrotar essa ameaça.

Determinados e unidos, partiram destemidos à procura do Rei Demônio, mas os monstros e demônios pareciam ter recuado, não encontravam nenhum pelo caminho. Apenas seus gritos terríveis tentavam aterrorizar seus corações. No entanto, o amor profundo que compartilhavam servia como uma chama interior, alimentando-lhes a coragem diante da escuridão que os cercava.

Quando o Rei Demônio emergiu diante deles, sua figura grotesca e malévola projetando uma aura de terror, eles permaneceram inabaláveis. O riso maligno do tirano ecoou, desafiando sua determinação:

– Vocês acham que são fortes o suficiente para me derrotar? Vocês são apenas dois tolos apaixonados. Durante o tempo em que dormiam, eu adquiri o amuleto da vida eterna, tornando-me ainda mais poderoso.

O cavaleiro, com um sorriso determinado, respondeu:

– Pode ser verdade que você ganhou poder, mas nosso amor é a nossa verdadeira força. Unidos, somos invencíveis. E agora, enfrentaremos você, não apenas como dois tolos apaixonados, mas como guerreiros destemidos determinados a trazer a paz de volta ao reino.

O Rei Demônio, com sua aparência terrível e sua aura maligna, enfrenta os dois amantes corajosos. O cavaleiro levava consigo a espada mágica cuja poderosa magia era oriunda do reino dos deuses.

A batalha começa com o Rei Demônio atacando com fúria os amantes, usando seus poderes demoníacos para criar labaredas de fogo e ondas de choque que fazem a torre tremer. Mas o cavaleiro habilidoso, com seus movimentos precisos e sua espada mágica, consegue desviar dos ataques e retaliar com golpes poderosos, cortando as chamas e partindo as ondas.

Ao mesmo tempo o cavaleiro usa o poder de espada mágica para criar barreiras protetoras que impedem os demônios e monstros que estão do lado de fora de entrar na torre. O Príncipe Encantado, de outra sorte, tinha habilidades pacificantes desde que nascera graças à magia da fada Lilás. Com sua voz hipnotizante, ele consegue acalmar os monstros que estavam na torre, fazendo com que eles se afastem da batalha.

A luta continua por horas, com o Rei Demônio lançando cada vez mais ataques poderosos e os amantes resistindo bravamente. A espada mágica do cavaleiro começa a brilhar intensamente, indicando que ele está prestes a lançar um ataque final. Estava reunindo todo o poder mágico que o grifo-dragão havia deixado na espada quando se desfez em magia, usaria sua potência máxima. Depois desse golpe o poder mágico deixado pelo grifo-dragão não mais existiria, pois haveria de ser todo consumido no ataque mágico. Mas isso não foi tudo. Tammuz somou ao poder deixado pelo Grifo-dragão o poder mágico original deixado pelo deus quando lhe presenteou com a espada celestial. Com um grito de guerra, o cavaleiro salta em direção ao Rei Demônio, com sua espada brilhando com uma luz ofuscante.

O Rei Demônio tenta erguer todas as suas defesas usando não só seu próprio poder mágico como também o poder do amuleto e o poder das três esferas de poder, mas a espada as atravessa como se fossem de papel. A espada mágica do cavaleiro corta o ar com uma velocidade incrível e acerta o Rei Demônio em cheio. Um flash de luz branca ilumina a torre, seguido pelo som de uma explosão ensurdecedora.

Quando a poeira baixa, os amantes se encontram nos braços um do outro, ilesos, enquanto o Rei Demônio jaz morto no chão. Os demônios e monstros que cercavam a torre recuam.

O amuleto vai sugando devagar o corpo do Rei Demônio.

– Precisamos impedir. – Disse o cavaleiro. – Se o amuleto o absorver por completo ele poderá retornar à vida.

O amuleto era feito de magia. Ashur sabia que aquela batalha era com ele. O príncipe tinha o poder mágico da fada Lilás que lhe fora concedido quando nascera.

Ashur preparou-se para o que seria a batalha mais importante de sua vida. Ele estendeu as mãos e começou a canalizar a magia concedida pela fada Lilás. O amuleto reagiu e começou a emitir um brilho intenso, tornando-se cada vez mais forte.

O amuleto ao sentir-se atacado emanou seu poder e o céu ficou cheio de nuvens cinzentas e ameaçadoras. Os andares da torre branca gelaram. O artemágico começou e emitir fleches de luz como se estivesse a temer pela sua existência.

Ashur não se deixou abalar e continuou a canalizar sua energia mágica com todas as suas forças. Ele sabia que precisava destruir o amuleto antes que o Rei Demônio voltasse à vida.

A batalha durou horas. Durante esse tempo o consumo da magia começou a provocar-lhe feridas por todo o corpo, mas o jovem príncipe resistia bravamente. Estava disposto a entregar sua vida para destruir aquele monstro.

O cavaleiro sentia-se impotente. Todo o poder mágico de sua espada se fora, tanto o poder mágico deixado pelo grifo dragão como a magia celestial do deus impregnada na espada. O Rei Demônio se tornara quase tão poderoso quanto um deus, para tirar-lhe a vida o poder mágico da espada fora totalmente consumido. Não havia nada que o cavaleiro pudesse fazer para ajudar seu amado.

Ashur sabia que estava lutando não apenas para se salvar e seu precioso Tammuz e a si mesmo, mas também por um bem maior e não podia falhar.

Ashur já estava exausto, mas tentou mais uma investida contra o amuleto. Começou a canalizar sua energia para um golpe mágico derradeiro. O amuleto percebendo o poder que o príncipe estava reunindo emitiu uma aura rocha e fétida contaminando o ar e criando um campo de energia de oposição. Ashur sentiu a pressão e a resistência do amuleto, mas não desistiu. Continuou reunindo sua energia e quando ela chegou ao máximo lançou o golpe mágico contra o amuleto.

A magia da fada Lilás penetrou profundamente nas defesas do artemágico, detonando vários flashes de energia que não apenas iluminou o céu, mas ressecou o ar a tal ponto que toda a vegetação em volta do castelo secou até a morte. Mas o príncipe protegeu a si e ao seu cavaleiro da emanação rocha com seu poder mágico.

O artemágico, contudo, suportou o ataque e se manteve íntegro, mas começou a emitir uma luminosidade carmim e pulsante, o que indicava que estava na iminência de explodir.

O Príncipe Encantado vendo que o amuleto estava prestes a explodir aumentou a proteção mágica em volta de si e de seu cavaleiro. O artemágico finalmente se desfez em milhares de pedaços. Ashur caiu de joelhos, ofegante e aliviado. Ele sabia que a batalha estava vencida.

Com a destruição do amuleto, o corpo do Rei Demônio desapareceu para sempre.

O cavaleiro e o príncipe se abraçaram, felizes por estarem vivos e juntos. Eles olharam para fora da torre branca e viram o sol nascer, sinalizando o início de uma nova era. Aukir aproxima-se voando até chegar aos dois em cima da torre branca. Presenteia os dois com um manto branco mágico e disse que já havia enviado mensagem para o Reino Elísio da derrota do Rei Demônio.

Em breve, uma tropa do Reino Elísio viria buscá-los, enquanto as fadas-guardiãs permaneceriam vigilantes em sua proteção. Com um gesto de determinação, Aukir lançou um encanto, desintegrando-se magicamente em múltiplas fadas-guardiãs que o compunham.

Ashur e Tammiz saíram da torre de mãos dadas, prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente. Sob o céu límpido, um vento gentil trouxe consigo delicadas flores de dente-de-leão, como mensageiras de um futuro pleno de serenidade e abundância no Reino Elísio. Suas sementes alvas dançavam no ar como promessas suspiradas pelos ventos, ecoando a esperança de dias harmoniosos e florescimento no horizonte.

Conscientes de que a força de seu vínculo os tornava invulneráveis, regressaram ao castelo e lá construíram um futuro repleto de alegria eterna. Em sua fortaleza, celebraram não apenas a vitória sobre a ameaça que o Rei Demônio representava, mas também a chama ardente do amor que nutriam um pelo outro. Assim, viveram em felicidade perene, selando sua história com um "felizes para sempre" que ressoaria através das eras.

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